quarta-feira, 5 de setembro de 2012

AIDS



Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por celulas cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte.

A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 30 a 90 dias (1 a 3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.
Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunísticas são, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez exames e você saiba que não está infectado(a).
Controlo
Os objetivos dos programas de prevenção e controle da AIDS são: (a) prevenir a transmissão e disseminação do HIV e (b) reduzir a morbi-mortalidade associada à infecção pelo HIV.
A prevenção é, até o momento, a arma mais efetiva na luta contra a AIDS. As estratégias de prevenção e controle a serem adotadas devem estar adequadas à realidade de cada região.
Prevenção da transmissão sexual: a via sexual é a forma mais freqüente de transmissão do HIV. A prevenção da transmissão sexual se baseia na informação e educação visando a prática do sexo seguro, através da redução do número de parceiros e do uso de preservativos.
Prevenção da transmissão sangüínea:
·         transfusão de sangue: todo o sangue para ser transfundido deve ser obrigatoriamente testado para detecção de anticorpos anti-HIV. A exclusão de doadores em situação de risco aumenta a segurança da transfusão de sangue, principalmente por causa da "janela imunológica";
·         hemoderivados: os produtos derivados de sangue, que podem transmitir o HIV, devem passar por processo de tratamento que inative o vírus;
·         injeções e instrumentos pérfuro-cortantes: seringas, agulhas e outros instrumentos pérfuro-cortantes utilizado nos procedimentos médicos ou fora do sistema de saúde - por exemplo seringas e agulhas utilizadas por usuários de drogas injetáveis - devem ser desinfetados e esterilizados. Os materiais descartáveis, após utilizados, devem ser acondicionados em caixas apropriadas com caixas com paredes duras, para que acidentes sejam evitados. Os instrumentos não descartáveis e as seringas de vidro devem ser meticulosamente limpos antes de serem esterilizados. O HIV é muito sensível aos métodos padronizados de esterilização e desinfeção (de alta eficácia). O HIV é inativado através de produtos químicos específicos e do calor, mas não é inativado por irradiação ou raios gama;
·         doação de sêmen e órgãos: a transmissão do HIV através da doação de órgãos ou sêmen pode ser prevenida pela triagem dos doadores; e
·         transmissão perinatal: no caso da mulher infectada pelo HIV, há evidências de que o parto cesáreo oferece menor risco de transmissão perinatal do vírus. O diagnóstico precoce, associado ao uso de zudovidina (AZT) a partir da 14º semana de gestação, no momento do parto e na criança até a 6º semana de vida, reduz em 70% o risco de transmissão perinatal do HIV. No entanto, a prevenção da infecção na mulher é ainda a melhor abordagem para se evitar a transmissão da mãe para o filho.

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