Doença pulmonar obstrutiva crônica (abreviada por DPOC) é uma doença crônica, progressiva e parcialmente reversível que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de seus alvéolos e o comprometimento dos restantes. Ocorre com mais frequência em homens mais velhos e fumantes. Pessoas que tiveram tuberculose também podem desenvolver a doença.
Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo aéreo (entrada e saída do ar), principalmente na fase expiratória, a dispneia (falta de ar), a hiperinsulflação dinâmica que leva ao encurtamento das fibras musculares do diafragma, fadiga muscular, insuficiência respiratória entre outros.
Os principais fatores desencadeadores da DPOC (enfisema e bronquite crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passiva ao fumo (pessoa que vive junto com o fumante), exposição à poeira por vários anos, poluição ambiental, e até fatores genéticos nos casos que se comprova a deficiência de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar (estruturas dos pulmões)
Tratamento
Existem disponíveis em muitos países normas de tratamento clínico da DPOC. Foi desenvolvida uma nova norma de consenso internacional pela Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD). Esta declara que os objectivos do tratamento da DPOC são:
- Prevenir a progressão da doença;
- Aliviar os sintomas;
- Melhorar a tolerância ao exercício e o estado de saúde;
- Prevenir e tratar complicações;
- Prevenir e tratar exacerbações;
- Reduzir a mortalidade.
Um passo fundamental no tratamento da DPOC é eliminar ou reduzir ainda mais a irritação pulmonar. Os dois agentes irritantes mais comuns que contribuem para a progressão da DPOC são o tabagismo e os poluentes ambientais. A exposição a estes factores de risco deve ser reduzida ou eliminada.
Demonstrou-se que a simples abstenção tabágica (e, em alguns casos avançados de DPOC, a terapia com oxigénio) reduz a mortalidade. As pessoas que deixam de fumar conseguem abrandar a taxa de declínio da função pulmonar, mas nunca conseguem readquirir a já perdida.
Além de se evitarem os factores de risco conhecidos, existem disponíveis tratamentos farmacêuticos para a DPOC e seus sintomas mais vulgares. Os tratamentos mais comuns incluem:
Broncodilatadores
Os broncodilatadores são considerados a pedra angular do tratamento sintomático da DPOC. Os grupos principais de broncodilatadores utilizados no tratamento da DPOC incluem:
- Anticolinérgicos: actuam contrariando a acção broncoconstrictora do sistema nervoso parassimpático, através do bloqueio dos receptores colinérgicos. Isto leva à broncodilatação;
- Agonistas beta (acção curta ou prolongada): actuam estimulando directamente os receptores beta2 no músculo liso das vias aéreas, o que leva à broncodilatação. Os agonistas beta2 (AB) estão subdivididos em duas subcategorias baseadas na sua duração de acção (acção curta - SABA - e acção prolongada - LABA);
- Metilxantinas: a teofilina, um dos mais antigos broncodilatadores, é o membro mais conhecido desta classe. É mais frequentemente prescrito como parte de uma terapêutica de combinação.
Corticosteróides
Estes fármacos anti-inflamatórios são utilizados como terapêutica de manutenção no estádio inicial da asma. Contudo, o seu uso habitual na DPOC não é, geralmente, recomendado nas normas de tratamento em estadios de menor gravidade da doença. Os CSI (corticosteróides inalados) podem ajudar os doentes com DPOC grave e muito grave, que sofram de exacerbações frequentes.
Prevenção
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) surge habitualmente de forma lenta e silenciosa. Inicialmente, a tosse e a expectoração matinal, característica dos fumadores, vai passando despercebida, mas as queixas vão sendo cada vez mais intensas: as constipações e as gripes são mais frequentes, tal como a sensação de cansaço para esforços cada vez menores. O fluxo aéreo do exterior para os alvéolos e destes para o exterior vai sendo limitado e, apesar de não ser reversível na totalidade, algumas medidas, tanto ao nível preventivo como terapêutico, podem melhorar consideravelmente a qualidade de vida do doente. Ou seja, a DPOC é uma doença crónica, mas tal não significa que não se deve actuar sobre ela.
Na origem da DPOC estão factores que agridem violentamente a mucosa dos brônquios. Partículas, fumos e gases tóxicos capazes de determinar uma contracção excessiva dos músculos que rodeiam os brônquios, e uma reacção inflamatória nociva para o pulmão, contribuem para a patologia. Mas reconhece-se que em 90% dos casos a DPOC é causada pelo fumo de cigarro. Assim, a primeira medida preventiva é precisamente deixar de fumar e evitar estar em ambientes de fumo. Os primeiros sintomas costumam surgir entre os 35 e os 40 anos, geralmente quando uma pessoa fuma há mais de 20 anos.
A tosse e a expectoração são os primeiros sinais de alarme aos quais o doente deve ficar atento, no sentido de decidir se quer ou não continuar a agredir os seus pulmões. Através da suspeita dos sintomas referidos, e de acordo com os sinais encontrados na observação clínica do doente, o médico pode apontar para a possibilidade da existência de DPOC, mas a confirmação do diagnóstico é feita através de um exame muito simples, a espirometria. Para realizar este exame, o doente enche o peito de ar e sopra para um aparelho, como se estivesse a apagar as velas de um bolo, isto é, o maior volume de ar no menor espaço de tempo possível. Se os brônquios estiverem contraídos, como acontece na DPOC, o volume de ar que sai no primeiro segundo é menor.
Sendo uma doença crónica, o tratamento limita-se a minimizar os sintomas e a atrasar a progressão. Isto porque, depois de instalada, a DPOC permanece para o resto da vida, sempre em sentido progressivo. Quanto mais cedo for diagnosticada, menores serão os malefícios e, como tal, menos afectada ficará a qualidade de vida.
SOS
A primeira atitude é deixar de fumar, como se disse, no sentido de minimizar as agressões. Paralelamente, o doente poderá tomar medicamentos, de preferência por via inalatória, com vista a diminuir a broncoconstrição e a inflamação. Estes medicamentos inserem-se nas famílias dos broncodilatadores e corticosteróides, mas a sua toma deverá sempre ser supervisionada pelo médico. Os antibióticos podem ser ministrados para combater infecções respiratórias bacterianas, uma vez que as crises de DPOC estão geralmente associadas a estas infecções.
Para além de deixar de fumar, deve-se ter em conta outras atitudes preventivas, nomeadamente tomar a vacina anual contra a gripe e pneumonia, evitar locais muito poluídos, não estabelecer contacto com pessoas que tenham infecções respiratórias, evitar a exposição a baixas temperaturas sem a devida protecção ou evitar mudanças radicais de ambiente, por exemplo passando de muito frio para muito calor sem as necessárias cautelas
É possível ainda aliviar os sintomas realizando a reabilitação pulmonar, a partir de exercícios que treinam os músculos, principalmente os dos membros inferiores e superiores, melhorando a condição física e com isso diminuindo a falta de ar durante os esforços. Em casos mais graves, o doente poderá necessitar de receber oxigénio através de equipamentos específicos, o que inclusivamente pode ser feito no domicílio. A oxigenoterapia serve para corrigir a falta de oxigénio no sangue, promovendo uma melhoria significativa na qualidade de vida dos indivíduos e proporcionando ganhos no desempenho das actividades físicas e intelectuais, prolongando também o tempo de vida.
Na origem da DPOC estão factores que agridem violentamente a mucosa dos brônquios. Partículas, fumos e gases tóxicos capazes de determinar uma contracção excessiva dos músculos que rodeiam os brônquios, e uma reacção inflamatória nociva para o pulmão, contribuem para a patologia. Mas reconhece-se que em 90% dos casos a DPOC é causada pelo fumo de cigarro. Assim, a primeira medida preventiva é precisamente deixar de fumar e evitar estar em ambientes de fumo. Os primeiros sintomas costumam surgir entre os 35 e os 40 anos, geralmente quando uma pessoa fuma há mais de 20 anos.
A tosse e a expectoração são os primeiros sinais de alarme aos quais o doente deve ficar atento, no sentido de decidir se quer ou não continuar a agredir os seus pulmões. Através da suspeita dos sintomas referidos, e de acordo com os sinais encontrados na observação clínica do doente, o médico pode apontar para a possibilidade da existência de DPOC, mas a confirmação do diagnóstico é feita através de um exame muito simples, a espirometria. Para realizar este exame, o doente enche o peito de ar e sopra para um aparelho, como se estivesse a apagar as velas de um bolo, isto é, o maior volume de ar no menor espaço de tempo possível. Se os brônquios estiverem contraídos, como acontece na DPOC, o volume de ar que sai no primeiro segundo é menor.
Sendo uma doença crónica, o tratamento limita-se a minimizar os sintomas e a atrasar a progressão. Isto porque, depois de instalada, a DPOC permanece para o resto da vida, sempre em sentido progressivo. Quanto mais cedo for diagnosticada, menores serão os malefícios e, como tal, menos afectada ficará a qualidade de vida.
SOS
A primeira atitude é deixar de fumar, como se disse, no sentido de minimizar as agressões. Paralelamente, o doente poderá tomar medicamentos, de preferência por via inalatória, com vista a diminuir a broncoconstrição e a inflamação. Estes medicamentos inserem-se nas famílias dos broncodilatadores e corticosteróides, mas a sua toma deverá sempre ser supervisionada pelo médico. Os antibióticos podem ser ministrados para combater infecções respiratórias bacterianas, uma vez que as crises de DPOC estão geralmente associadas a estas infecções.
Para além de deixar de fumar, deve-se ter em conta outras atitudes preventivas, nomeadamente tomar a vacina anual contra a gripe e pneumonia, evitar locais muito poluídos, não estabelecer contacto com pessoas que tenham infecções respiratórias, evitar a exposição a baixas temperaturas sem a devida protecção ou evitar mudanças radicais de ambiente, por exemplo passando de muito frio para muito calor sem as necessárias cautelas
É possível ainda aliviar os sintomas realizando a reabilitação pulmonar, a partir de exercícios que treinam os músculos, principalmente os dos membros inferiores e superiores, melhorando a condição física e com isso diminuindo a falta de ar durante os esforços. Em casos mais graves, o doente poderá necessitar de receber oxigénio através de equipamentos específicos, o que inclusivamente pode ser feito no domicílio. A oxigenoterapia serve para corrigir a falta de oxigénio no sangue, promovendo uma melhoria significativa na qualidade de vida dos indivíduos e proporcionando ganhos no desempenho das actividades físicas e intelectuais, prolongando também o tempo de vida.
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