A desnutrição é uma doença causada
pela dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica.
Também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia.
Tem influência de fatores sociais, psiquiátricos ou simplesmente patológicos.
Acontece principalmente entre indivíduos de baixa renda e principalmente as
crianças de países subdesenvolvidos.
Segundo Médicos sem Fronteiras,
a cada ano 3,5 a 5 milhões de crianças menores de cinco anos morrem de
desnutrição.
Causas
A
causa mais frequente da desnutrição é uma má alimentação. Ainda, outras
patologias podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação e causar
a desnutrição e falta de alimento.
Fisiopatologia e quadro clínico
Em
um indivíduo primeiramente com estado nutricional normal, ao ter sua alimentação altamente limitada,
sofre primeiramente com o gasto energético. Gasta-se rapidamente osATPs produzidos pelas mitocôndrias e em seguida a glicose dos tecidos e do sangue com a
liberação de insulina.
Com
o esgotamento da glicose, a próxima fonte de energia a ser utilizada é o glicogênio armazenado nos músculos
e no fígado.
Ele é rapidamente lisado em glicose e fornece um aporte razoável de energia.
Sua depleção irá causar apatia, prostração e até síncopes - o cérebro que utiliza apenas a
glicose e corpos cetônicos, como fonte de energia sofre muito quando há hipoglicemia.
Em
seguida, a gordura (triacilglicerol) é
liberada das reservas adiposas, é quebrada em acido-graxo mais glicerol. O
glicerol é transportado para o fígado a fim de produzir novas moléculas de
glicose. O ácido-graxo por meio de beta-oxidação forma corpos cetônicos que
causa aumento da acidez sanguinea (ph sanguineo normal 7,4). O acumulo de
corpos cetônicos no sangue pode levar a um quadro de cetomia, sua progressão
tende a evoluir com o surgimento de ceto-acidose (ph<7,3) compensado pelo
organismo com liberação de bicarbonatos na circulação.
A pele fica mais grossa, sem o
tecido adiposo subcutâneo. Nessa etapa, as proteínas dos músculos e do
fígado passam a ser quebradas em aminoácidos para que esses por meio da
gliconeogênese passem a ser a nova fonte de glicose (energia). Na verdade, o
organismo pode usar ainda várias substâncias como fonte de energia além dessas,
se for possível. Há grande perda de massa muscular e as feições do indivíduo
ficam mais próximas ao esqueleto. A força muscular é mínima e a consequência
seguinte é o óbito.
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