Mucopolissacaridose ou MPS é um subgrupo
das doenças de depósito
lisossômicos (DDL) as quais pertencem ao ainda maior grupo de doenças
intitulados "Erros Inatos do Metabolismo", configurando-se numa
doença metabólica causada por deficiência de enzimas.
Descrição
Nas
MPS, existe a deficiência ou falta de uma determinada enzima nos lisossomos,
o que leva ao acumulo de glicosaminoglicanos (GAG), conhecida
antigamente como Mucopolissacárides, nome que deu origem a patologia. Os
glicosaminoglicano são moléculas que possuem em sua composição açucares que se
ligam a uma proteína central. Essa molécula absorve água em demasia, adquirindo
uma consistência viscosa, promovendo assim a lubrificação entre os tecidos,
permitindo o deslizamento na movimentação entre eles. Essa diminuição de atrito
entre os tecidos permite, por exemplo, o movimento das articulações ósseas.
Esse acumulo pode levar a disfunção na função celular e, na maioria dos casos,
efeitos patológicos nas células, tecidos e órgãos.
A incidência acumulada de todas as
MPS é de 1: 22.500 nascidos vivos, porém poucos estudos foram feitos, o que
leva a crer que essa incidência é subestimada.
As manifestações
clínicas das
MPS's são normalmente multissistêmicas (afetam diversos órgãos) e muito variáveis,
existindo formas leves a muito graves.
Existem
sete tipos de MPS atualmente descritas, que são classificadas de acordo com o
tipo de enzima deficiente na célula.
Tratamento
Assim
como para muitas doenças raras, não existe cura para a Mucopolissacaridose, o que
existe é apenas paliativos para melhorar a qualidade de vida dos paciente.
Alguns tratamentos são feitos a base de fármacos, numa tentativa de realizar as
funções deficientes pelas enzimas que faltam. Para a Mucopolissacaridose I é
administrado o medicamento denominado Laronidase. No entanto, o tratamento mais
utilizado e eficaz é a Terapia de Reposição Enzimática (TRE). A TRE consiste em
introduzir via venosa o fármaco deficiente nos lisossomos das células. Até o
momento essa terapia só está aprovada para ser administrada em pacientes da
Mucopolissacaridose I, MPS II e MPS VI. O transplante de medula óssea também
está sendo bastante utilizado na tentativa de inserir células troncos capazes
de se multiplicarem compondo as enzimas corretamente.
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