terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cancro das glândulas paratiroideias


·         O cancro das glândulas paratiroideias é um cancro muito raro que atinge estas glândulas, com o tamanho de uma ervilha, que se situam na parte anterior do pescoço, duas de cada lado da glândula tiroideia.
·         As quatro glândulas paratiroideias produzem a hormona paratiroideia (PTH). Esta substância química:
·         • aumenta os níveis de cálcio no sangue ao forçar os ossos a libertarem este elemento
• estimula os intestinos a absorverem mais cálcio dos alimentos
• indica aos rins que deve diminuir a quantidade de cálcio eliminado pela urina.
·         As glândulas paratiroideias saudáveis ajustam a sua produção de PTH para manter os níveis de cálcio no sangue dentro dos valores normais.
·         Quando as células das glândulas paratiroideias se tornam cancerosas, multiplicam-se de forma descontrolada, e formam geralmente um tumor branco acinzentado de consistência firme. Este tumor pode invadir a glândula tiroideia e os músculos do pescoço.
·         À medida que as células cancerosas crescem, geralmente produzem uma grande quantidade de PTH, o que condiciona níveis anormalmente elevados de cálcio no sangue (hipercalcémia). A PTH pode aumentar tanto que os ossos libertam uma quantidade excessiva de cálcio, o que pode causar dores ósseas e levar ao aparecimento de osteoporose (ossos finos e frágeis).
·         Os níveis elevados de PTH forçam igualmente os rins a reter grande quantidade de cálcio, desencadeando a formação de cálculos renais. Os níveis muito elevados de cálcio podem igualmente causar lesões renais, desidratação e confusão mental.
·         O cancro das glândulas paratiroideias ocorre geralmente nos adultos com idade compreendida entre os 50 e os 70 anos. Tendo em conta que se trata de um tumor muito raro não se conhecem actualmente factores específicos do meio ambiente ou do estilo de vida que aumentam o risco deste cancro. Alguns casos parecem ter uma associação genética, afectando diferentes gerações de uma mesma família.
Tratamento
O tratamento irá depender do cancro afectar apenas as glândulas paratiroideias ou se ter disseminado (metastizado) para outras áreas. O cancro das glândulas paratiroideias dissemina-se mais frequentemente para os seguintes locais:
• gânglios linfáticos
• pulmões
• ossos
• fígado.
Se o cancro se encontrar limitado às glândulas paratiroideias, o doente irá receber medicamentos para controlar os níveis de cálcio no sangue até ser submetido a uma intervenção cirúrgica. A glândula cancerosa será então removida, juntamente com uma porção da glândula tiroideia do mesmo lado do pescoço. Em alguns centros médicos é utilizada radioterapia depois da cirurgia.
Se o cancro se tiver disseminado para fora da glândula, o doente irá necessitar de cirurgia para remover a maior parte possível do tumor. Esta intervenção irá ajudar a reduzir a PTH e os níveis de cálcio no sangue. Antes e depois da cirurgia, o doente irá necessitar de medicamentos para ajudar a manter o cálcio no sangue em níveis normais.
Se o doente não puder ser submetido a uma intervenção cirúrgica, o cálcio elevado tem de ser controlado com medicamentos. Ao medir os níveis de PTH e de cálcio, os médicos podem monitorizar a resposta ao tratamento.
Os doentes com um cancro metastático das glândulas paratiroideias podem participar em ensaios clínicos para avaliação de novos tratamentos envolvendo radioterapia, cirurgia com radioterapia ou quimioterapia. Estes ensaios clínicos geralmente são realizados em grandes centros médicos universitários.
Prevenção
Atendendo a que os factores de risco para o cancro das glândulas paratiroideias continuam desconhecidos, não existe actualmente qualquer forma de prevenir este cancro.

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