Leucemia
mieloide aguda (LMA),
também conhecida como leucemia
mielogênica aguda, é um câncer/cancro
da linha mieloide dos glóbulos brancos que se caracteriza pela
rápida proliferação de células anormais e malignas - os blastos - que não amadurecem,
não desempenham sua função e ainda se acumulam na medula óssea,
interferindo na produção normal de outras células sanguíneas. É o tipo mais comum de leucemia aguda que afeta
adultos, e sua incidência aumenta com o envelhecimento. Embora a LMA seja uma
doença relativamente rara, representando cerca de 1,2% dos óbitos causados por
doenças oncológicas nos Estados Unidos,
espera-se um aumento da sua incidência devido ao envelhecimento da população.
Os
sintomas são causados pela substituição das células normais da medula óssea,
resultando em uma queda na contagem de glóbulos vermelhos, plaquetas e de leucócitos normais. Estes sintomas
incluem fadiga, falta de ar, hemorragia e aumento do risco de infecções.
Embora vários fatores de risco para a LMA sejam conhecidos, a causa específica
permanece incerta. Uma característica da doença é sua rápida progressão,
podendo ser fatal em um curto espaço de tempo (semanas ou meses) se deixada sem
tratamento adequado.
A
leucemia mieloide aguda é uma doença potencialmente curável, mas apenas uma
pequena parcela dos doentes são curados com a terapia utilizada atualmente.
Usualmente o tratamento inicia com quimioterapia,
visando a induzir à remissão, embora grande parte dos doentes necessitem de um transplante de medula óssea para alcançar a cura.
É
também chamada de leucemia não
linfocítica aguda (em inglês Acute nonlymphocytic l,
abreviada como ANLL).
Sinais e Sintomas
A
maioria dos sinais e sintomas da LMA devem-se a um aumento do número de
glóbulos brancos malignos desalojando ou interferindo de alguma forma com a produção normal de
glóbulos na
medula óssea. A falta de glóbulos brancos normais torna o paciente suscetível a
infecções. Já a falta de glóbulos vermelhos (anemia) pode causar fadiga,
palidez e falta de ar. A falta de plaquetas pode levar à ocorrência de grandes hematomas ou hemorragias ao
mínimo trauma.
Os
primeiros sintomas da LMA são, na maioria das vezes, inespecíficos e podem ser
semelhantes aos da gripe ou de outras doenças
comuns. Alguns possíveis sintomas generalizados, incluem febre, fadiga, perda
de peso corporal ou perda de apetite, falta de ar, anemia, hematomas,
hemorragias, petéquias,
dor óssea, dor nas articulações e infecções frequentes e/ou persistentes. Pode
ocorrer esplenomegalia, mas geralmente é transitória e assintomática.
A linfadenopatia é rara na LMA, em
contraste com a leucemia linfoblástica aguda.
Alguns
doentes podem apresentar edema gengival devido à infiltração de leucócitos no
tecido. Em alguns casos raros, o primeiro sinal clínico da doença é o
desenvolvimento de uma massa tumoral fora da medula óssea, chamada de sarcoma
granulocítico ou cloroma. Muitas vezes o paciente pode não apresentar sintoma
algum, bem como a leucemia pode ser descoberta durante exames sanguíneos de
rotina.
Diagnóstico
O
primeiro indício, importante para o estabelecimento do diagnóstico da LMA, é
geralmente um resultado anormal em um hemograma.
Já o diagnóstico definitivo geralmente requer uma biópsia por aspiração da medula
óssea. O exame da medula óssea é freqüentemente realizado com a finalidade de
identificar o tipo de células sanguíneas anormais. Porém, caso existam muitos
glóbulos brancos na circulação sanguínea, a biopsia de medula óssea pode não
ser necessária. A medula ou o sangue é analisado através de microscopia ótica,
assim como citometria de fluxo,
para diagnosticar a presença de leucemia e diferenciar entre seus subtipos.
O
diagnóstico e classificação da LMA pode ser complexo, e deve ser executado por
um médico com experiência na área de hematologia ou patologia.
Em casos simples, a presença de certas características morfológicas (como Auer varas) ou resultados
específicos de fluxo
citométrico podem distinguir
esta, de outros tipos de leucemias. No entanto, na ausência de tais
características, o diagnóstico pode ser mais difícil.
Segundo
os critérios adotados pela Organização Mundial da Saúde,
o diagnóstico da LMA é estabelecido pela demonstração do comprometimento de mais
de 20% do sangue e/ou medula óssea por mieloblastos. A doença deve ser cuidadosamente
diferenciada de condições "pré-leucêmicas" como a síndrome mielodisplásica ou síndrome
mieloproliferativa, que são tratados de forma diferente.
Devido
ao melhor prognóstico (e maior facilidade de tratamento) da leucemia promielocítica aguda (LPA), é importante estabelecer
rapidamente o diagnóstico definitivo. O método de hibridização por fluorescência in
loco é freqüentemente
utilizado para este fim, identificando facilmente a translocação cromossômica
que caracteriza a LPA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário