A Síndrome de
Ehlers-Danlos (SED) é o nome dado a um grupo de anomalias herdadas através de
mutações genéticas que interferem com a produção de colagénio, uma proteína
fibrosa que confere resistência e elasticidade ao tecido conjuntivo – pele,
tendões, ligamentos, cartilagem e paredes de órgãos e vasos sanguíneos.
É uma situação rara
ocorrendo em 6 subtipos principais. Todos afectam as articulações e, a maioria,
a pele. Os sintomas mais frequentes reflectem a fragilidade do tecido
conjuntivo, tais como hipermobilidade articular e fragilidade e laxidão
cutânea. Outros são hérnias, luxações, fraqueza/hipotonia muscular, atraso do
desenvolvimento motor, escoriações frequentes e de difícil cicatrização,
anomalias das válvulas cardíacas e ruptura espontânea de artérias, aneurismas
ou órgãos ocos.
A transmissão é genética,
sendo a forma mais frequente a autossómica dominante, ou seja, um doente tem
50% de hipóteses de transmitir a doença à descendência.
Transmissão e Tratamento
A maioria dos doentes tem
uma vida relativamente normal, embora com algumas restrições à actividade
física. A inteligência não é afectada.
A gravidez conduz a um
risco de parto prematuro e, em casos graves, hemorragia e ruptura. Em alguns
casos é desaconselhada.
Não existe tratamento
curativo para a doença. O tratamento assenta no alívio dos sintomas e na
prevenção de complicações. Em caso de cirurgia, esta condição deve ser
comunicada à equipa médica. A analgesia é basilar, assim como a protecção de
modo a evitar luxações ou feridas. A fisioterapia de fortalecimento dos
músculos periarticulares tem um papel importante.
Deve ser procurado
aconselhamento genético no caso de se desejar ter filhos, para esclarecimento
dos padrões de transmissão e dos riscos inerentes.
Encarar a doença implica
um auto-conhecimento da patologia, na partilha de experiência e em redes de
suporte. As crianças com esta doença devem ser tratadas de forma tão normal
quanto possível e as rotinas devem ser adequadas para reduzir os riscos de
lesão.
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