· As trompas de Falópio são as estruturas tubulares que ligam os ovários ao útero. O cancro da trompa de Falópio ocorre quando as células de uma das trompas se multiplicam de forma descontrolada e formam um tumor. À medida que este cresce, comprime a trompa e distende-a, causando dor. Ao longo do tempo, o cancro pode disseminar-se na região pélvica e no abdómen.
· Este cancro é muito raro, sendo mais frequente a disseminação de um cancro com origem noutro órgão para a trompa de Falópio (geralmente de um ovário, da mama ou do revestimento do útero) do que o desenvolvimento de um novo cancro nesta localização.
· Os cientistas desconhecem se existem factores ambientais ou do estilo de vida que aumentem o risco deste cancro, mas alguns investigadores admitem que as mulheres possam herdar uma tendência para desenvolver esta doença.
· Existe uma boa evidência de que as mulheres que possuem uma mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2 apresentam um risco mais elevado de desenvolverem um cancro da trompa de Falópio. As mutações (alterações) neste gene foram igualmente associadas ao cancro da mama e do ovário. Assim, se lhe for diagnosticado este cancro, pondere a possibilidade de efectuar testes para identificar estas mutações.
Tratamento
O tratamento do cancro da trompa de Falópio pode incluir a cirurgia, a quimioterapia e/ou a radioterapia.
A extensão da cirurgia depende do grau de disseminação do tumor. Se este estiver contido na trompa de Falópio, o cirurgião irá remover as trompas de Falópio, os ovários e o útero. Este procedimento é denominado histerectomia. Contudo, se o tumor se tiver disseminado para fora da trompa, pode ser necessário remover os gânglios linfáticos e outros tecidos.
Após a cirurgia, alguns médicos recomendam a realização de radioterapia. As doentes podem igualmente ser submetidas a quimioterapia, com ou sem radioterapia.
Depois do tratamento, os níveis sanguíneos de CA-125 são avaliados regularmente, o que pode ajudar os médicos a determinar se há persistência do cancro ou se este recidivou.
Prevenção
Actualmente não existe qualquer forma de prevenir o cancro da trompa de Falópio. Atendendo a que esta é uma doença rara, não foram identificados até ao momento quaisquer factores de risco mas, tal como acontece nos cancros do ovário e da mama, as mulheres com mutações do gene BRCA apresentam um maior risco de desenvolvimento deste cancro.
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