quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Leucorréia



Corrimento vaginal é a saída de uma secreção que vem do órgão genital feminino. O corrimento vaginal normal é em pequena quantidade, com um aspecto claro ou translúcido, fluido e sem cheiro intenso. A quantidade de secreção vaginal normal varia durante o ciclo menstrual (na altura da ovulação o corrimento é mais viscoso e em maior quantidade), durante o exercício físico e o período de excitação sexual que antecede as relações sexuais.
Tratamento
O tratamento escolhido depende da causa dessa alteração.
Consoante a infecção identificada podem ser utilizados antibióticos, anti fúngicos ou antiparasitários, que podem ser administrados por via oral (comprimidos tomados pela boca) ou através de aplicações locais na genitália (cremes, óvulos ou comprimidos vaginais).
Nas doenças de transmissão sexual, como a trichomoníase, a infecção por clamydia e a gonorreia, é importante tratar o parceiro sexual e pesquisar a existência de outras doenças sexualmente transmissíveis associadas, como a sífilis e a infecção pelo VIH.
Prevenção
Nem sempre é possível prevenir as alterações do corrimento vaginal pois por vezes estão associadas a fatores que não podem ser evitados, como o uso de antibióticos em determinadas situações, as alterações hormonais do ciclo menstrual ou da gravidez, etc.
No entanto, há algumas medidas que podem ser úteis na prevenção das inflamações do órgão genital e do colo do útero, mantendo as condições de normalidade das secreções vaginais:
1. uso de preservativo para evitar as doenças sexualmente transmissíveis
2. reduzir a ingestão de produtos açucarados para prevenção da diabetes ou para manter os níveis de glicemia controlados nas doentes diabéticas
3. não fazer irrigações vaginais e não abusar de produtos de higiene feminina que alteram o equilíbrio da flora vaginal
4. usar roupa interior de algodão e evitar o uso de roupa apertada (por ex. Jeans) que mantêm condições de umidade e calor favoráveis à proliferação de fungos
5. manter uma higiene adequada dos genitais e utilizar o papel higiênico de frente para trás quando se limpa a região retal após a defecação (para não contaminar a genitália com microrganismos existentes nas fezes)
6. não abusar do uso de tampões, evitando sempre a sua permanência prolongada no órgão genital, pelo risco de desenvolvimento de infecções.
Quadro clínico e Complicações
Após o contato sexual com uma pessoa infectada ou através de mudanças no pH vaginal, como acontece na gravidez, com o uso de antibióticos ou em mulheres diabéticas, os corrimentos aparecem e muitas vezes trazem complicações que vão de simples desconfortos até o câncer de colo ou a esterilidade para algumas mulheres. A paciente pode queixar de dor ou mau cheiro durante o ato sexual, apresentar prurido ou não, queixar-se de dores em baixo ventre, mas o que mais chama a atenção da paciente é a presença do Corrimento Vaginal ou Leucorréia.
Os Corrimentos Vaginais ou Leucorréias traduzem um desequilíbrio do meio vaginal. As complicações estão diretamente relacionadas aos agentes que causaram o corrimento.
Das leucorréias associadas às relações sexuais, as complicações mais comuns são o prurido e o odor forte. A evolução geralmente é benigna, porém quando não é tratada pode evoluir em direção ao útero causando endometrite ou para as trompas e ovários causando anexite, sendo um quadro mais grave e pode resultar em esterilidade para a mulher. Outra importante associação observada é a relação entre a presença de alguns vírus do tipo HPV e Herpes Genital e o aparecimento de câncer de colo.
Cerca de um terço das gestantes apresentarão monilíase em algum momento da gestação. Durante a gravidez os corrimentos vaginais, principalmente as vaginoses, estarão associados a um maior número de rotura prematura da bolsa de águas – amniorrexe prematura – o que eleva o número de partos prematuros e a mortalidade perinatal.

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